Havia amor, muito amor, na nossa relação de pai e filho. Amizade, respeito, confiança, admiração, companheirismo, cumplicidade, solidariedade, carinho, zelo, proteção e cuidado recíproco marcaram a nossa intensa convivência.

Alegrias e tristezas. Muitos sorrisos, algumas lágrimas, beijos, muitos beijos e abraços.

Vitórias e derrotas. Subíamos, descíamos, voltávamos a subir e seguíamos em frente, sempre. Vida, enfim.

E vivemos com plenitude, juntos, muito próximos, lado a lado. As mãos dadas, ombros ladeados, sorriso no rosto, alegria no coração e fé de espírito. Quanto mais eu o amava mais ele me amava.

Tivemos uma história de vida linda, comovente, posso dizer inspiradora. Era além de pai e filho, muito além. Brilho nos olhos, encantamento, paixão.

Quanto privilégio em compartilhar essa jornada fascinante ao lado do meu pai, que completaria, hoje, 86 anos.

Homem sensível e amoroso, político probo, advogado comprometido, poeta encantador. Sim, ele era encantador. Quem com ele conviveu tem alguma história muito particular para contar.

Arrebatava multidões e cativava corações. Ele sabia tratar cada um de forma especial, de maneira única. Todos eram especiais para ele. Sobretudo os mais pobres e humildes.

Abominava a arrogância e detestava os esnobes. Um humanista na essência d’alma e na pureza do coração. Carisma? Nossa! Sorria com os olhos, ria com o corpo inteiro.

Meu pai, nosso @poeta_ronaldocunhalima era único, será sempre único. É um lugar comum, perdoe-me por isso, mas ele vive em nossos corações. Os poetas não morrem, viva Ronaldo Cunha Lima.

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