Depois do Coletivo “Reviravolta”, integrado por personagens importantes na história do PT paraibano, como Edvan Silva, Éder Dantas, Rodrigo Freire e Charliton Machado, entre outras figuras de proeminência no protagonismo petista aqui no Estado, agora é a vez do Coletivo “Paulo Freire” protestar oficialmente contra as decisões consideradas arbitrárias, tomadas pelo atual Presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores, Jackson Macedo, em consonância com a Direção Nacional da legenda, presidida por Gleisi Hoffman.

VEJA, ABAIXO, O TEXTO DO COLETIVO “PAULO FREIRE”, NA ÍNTEGRA:

NOTA POLÍTICA SOBRE A CONJUNTURA INTERNA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS DA PARAÍBA

O Estatuto do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras descreve a agremiação como “uma associação voluntária de cidadãos e cidadãs que se propõem a lutar por democracia”.

O expediente democrático não deverá ser apenas uma proposta para além muros do Partido, mas, sobretudo, uma prática cotidiana que dirija nossas ações políticas e partidárias!

Neste momento, a grande luta do povo brasileiro é pela manutenção da democracia: o autoritarismo e a ilegalidade têm assombrado nosso país.

Na Paraíba, uma importante parcela do Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores tem lutado contra esse ímpeto autoritário também na vivência partidária.

Decisões autocráticas, enviesadas de arbitrariedade e ilegalidade têm se abatido constantemente sobre diversos setores e forças política intrapartidárias.

Expediente esse que pauta no interesse de silenciar as divergências democráticas que ajudaram ao longo do tempo a construir o maior Partido de esquerda da América Latina, e que têm como protagonista o atual presidente estadual da sigla, Jackson Macedo.

O Processo de Eleições Diretas (PED) do PT representa o maior legado democrático e organizacional para a política partidária do país.

Esse processo é ápice da manutenção do PT enquanto instituição que baseia suas decisões em parâmetros preestabelecidos que dão legalidade e legitimidade aos processos internos.

O que acontece no PT Paraíba, atualmente, é um projeto efetivo de desconstrução desses parâmetros legais, atentando contra a democracia interna e os pressupostos estatutários firmados no processo de construção dessa agremiação.

Cabe destacar ainda a participação ativa do recém-filiado Ricardo Coutinho em manobras que visam afastar filiados históricos e esvaziar forças políticas internas do PT buscando abrir espaços para aquelas e aqueles que correspondem ao seu interesse político.

Finalmente, expomos à Paraíba e principalmente às companheiras e companheiros comprometidos com as lutas das esquerdas que, deu-se na última semana a destituição de pessoas eleitas no último PED, excluindo este Coletivo, o Paulo Freire – CNB, da participação democrática, ferindo profundamente o Estatuto e as bases que o compõem e são constantemente silenciadas.

Ocasionando, assim, uma recomposição ilegítima das instâncias partidárias estaduais por determinação da instância nacional, provocada por atores do cenário estadual que ora representam essa política desagregadora.

Cabe denunciar que esta recomposição não tem se pautado no equilíbrio das forças políticas internas que participaram do PED.

Isso representa um precedente gravíssimo de ilegalidade no trato das decisões internas do Partido.

Resta dizer que, este coletivo não concorda, não participa, não referenda as práticas expostas e as decisões tomadas.

Nossa posição é de não silenciar diante desses ataques antidemocráticos e ilegais sustentados, protagonizados principalmente pela presidência do PT da Paraíba.

Coletivo Paulo Freire – CNB (Construindo um Novo Brasil).
Paraíba, 06 de maio de 2022.

OBS – O Coletivo “Paulo Freire” é integrado por vários militantes e dirigentes excluídos das instâncias superiores do PT em nível Estadual, tais como Arimatéia França e Miguel Alves.

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