Uma comitiva formada por um funcionário da embaixada e outros do Comitê da Agricultura da República de Camarões (África) esteve reunida, na tarde desta terça-feira (dia 14), com diretores da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e com o representante das indústrias sucroenergéticas paraibanas.

O grupo veio ao Brasil, exclusivamente, para conhecer a cadeia produtiva paraibana, fomentar negócios, estreitar as relações bilaterais com a Paraíba e conhecer a parte tecnológica da produção de cana-de-açúcar e da produção de etanol.

A ideia é levar para o país africano informações sobre esses processos, já que há por parte deles a intenção de investir na produção deste combustível renovável, limpo e sustentável.

Coube ao segundo vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato e ao Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, recepcionar o grupo em sua visita a entidade canavieira, que incluiu ainda a participação do secretário do Desenvolvimento, da Agropecuária e da Pesca da Paraíba, Rafael Lopes de Oliveira.

Devido a características muito similaridades, inclusive porque Camarões está na mesma linha do Equador que a Paraíba e já tendo uma produção expressiva de cana-de-açúcar, eles avaliaram que seria importante conhecer in-loco como funciona a cadeia produtiva da Paraíba para levar para seu país de origem essas informações a fim de iniciarem a produção de etanol.

“E nós repassamos a eles todas as informações solicitadas relativas a parte da produção da matéria-prima que corresponde ao nosso campo de atuação na cadeia produtiva canavieira”, disse Raimundo Nonato.

A surpresa da reunião foi saber que a República de Camarões, segundo seus representantes, produz cana-de-açúcar em 400 mil hectares, quase o dobro da área plantada na Paraíba, terceiro maior produtor canavieiro do Nordeste, que fica em torno de 250 mil hectares.

A República de Camarões é um país da região ocidental da África Central que em comparação com outros países africanos, têm mais estabilidade política e social, o que permitiu o desenvolvimento da agricultura, estradas, ferrovias e grandes indústrias de petróleo e madeira.

Na agricultura, o país está entre os cinco maiores produtores do mundo de banana-da-terra, noz de cola e “taro” (conhecido aqui no Brasil como inhame), é grande produtor mundial de cacau, assim como de óleo de palma, além de ter grandes produções de mandioca, milho, sorgo, cana-de-açúcar, tomate, amendoim, entre outros produtos.

Camarões é uma república presidencialista, dividida administrativamente em 10 províncias. O chefe de Estado e de Governo é o presidente Paul Biya (RDPC) que governa desde 1982, sendo reeleito sucessivas vezes.

Tanto inglês quanto francês (mais de 80%) são línguas oficiais, tanto que na visita que a comitiva fez a Asplan, todos falaram em francês, tanto que houve a necessidade de um intérprete que mediou todas as falas.

A distância entre Brasil e Camarões é 7.532 km, de navio ou avião. Em linha reta, pelo mar ou pelo ar, através do Oceano Atlântico.

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