Costumo brincar com os amigos nascidos em “Carrazera” afirmando que o povo da cosmopolita Cajazeiras quer apenas dominar o mundo, apenas isso.

Esse projeto de dominação do planeta Terra está a todo tempo estampado na cara dos meninos e jovens que aprenderam a ler e escrever com o padre Rolim.

Essa vontade de dominar paulatinamente, dia após dia, o mapa-mundi, não cabe apenas nas cabecinhas de figuras como Jucinerio Felix e Ricardo Lacerda, posto que inúmeras dessas mentes coroadas pela sorte e bravura se tornaram até mesmo artistas de nível, talento artístico internacional.

Não bastam as personagens diversas e marcantes de Marcelia Cartaxo, nem a saudade de tudo que realizou artisticamente o “professor de menino” chamado Eliezer Filho Rolim.

Pobre João Pessoa, coitada da capital paraibana, por não ter sido a mãe dos meninos da família Lira.

De Buda a Bertrand, passando por Soia…

Conviver com essa gente da terra educada e culta tem sido uma premiação.

Eu, por exemplo, de por acaso ter me tornado amigo ao esbarrar no local de trabalho com Ricardo Lacerda e ao perguntar ao “desconhecido” qual o seu nome, ele me imediatamente respondeu assim: “Ednaldo Maciel”.

De imediato, ele foi, digamos assim, convidado a trabalhar comigo, apenas por ter soletrado o nome de um amigo meu, carrazerense poderoso e sagaz.

Parece mentira, mas essa cena é puramente verdadeira.

Transcrevo imagens vividas presencialmente, nada inventado.

O poder do carrazerense que sai no mundo pelo mundo afora causa impacto, poder, inveja, beleza, sobretudo em artistas e profissionais da imprensa.

Olhem para Ricardo Lacerda e Jucinerio Felix em cena, interpretando mais uma vez os impagáveis “Maria Calado e Zé do Vale”, seja no Sertão do Ceará ou na imensa e verdadeira capital brasileira, que chamamos de São Paulo.

Parabéns, meu amigo Ricardo Lacerda, não somente por merecer medalhas da Assembléia Legislativa do Estado e da Câmara Municipal de Cajazeiras, realidade que pouquíssimas personalidades públicas podem vivenciar…

A verdade é que você já trabalhou tanto e confia sempre em sua arte, a ponto de acreditar que um dia chegará a sua vez de dominar o mundo.

Simplesmente usando o modo mais simples, inspirado, e apaixonante, que os artistas possuem e mostram ao público, e não revelam esse segredo a mais ninguém.

Chico Noronha

 

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