Nos últimos tempos, é comum ver relatos preocupados de pais sobre o uso constante das mídias sociais pelos filhos, jogos onlines e acesso irrestrito à internet.

Para Rossando Klinjey, é preciso que os pais prestem atenção no comportamento dos filhos e façam uma vigilância mínima em aparelhos celulares e no conteúdo digital consumido por crianças e adolescentes.

“A privacidade dos filhos é relativa, não é total. O filho é um ser humano que ainda está em processo de formatação da personalidade. Enquanto você dá privacidade ao seu filho no quarto dele, na internet, ninguém dá. As pessoas estão invadindo computadores, redes sociais, fazendo-se passar por adolescentes, entre outras coisas”, disse o psicólogo.

“Temos que estar observando o comportamento dos nossos filhos. Se meu filho sempre foi uma pessoa que tinha um comportamento específico e, de repente, está mais calado, mais retraído, evitando ir ao colégio, tendo cenas de choro, precisamos largar os nossos próprios celulares e observar quem a gente ama, temos que voltar a ter um olhar atento no desenvolvimento da intimidade dos nosso filhos para que a gente possa perceber comportamentos diferentes”, afirmou Klinjey.

Pedro Ravagnolli, gerente pedagógico da Educa, que também participou da live, reforçou o alerta do psicólogo em relação ao conteúdo consumido no digital.

“Se o nosso filho não está dormindo, ele está conectado. Precisamos refletir sobre o que está sendo consumido por esses alunos. A gente vem acompanhando nas escolas essa preocupação, do tipo, ‘o que será que esses alunos estão pesquisando?’, e podemos ampliar a questão mais um pouquinho, para a questão dos jogos, ‘qual é o conteúdo que eles trocam entre si nos chats dos jogos, nesse mundo que estamos vivenciando?’ ”, disse Ravagnolli.

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