Nesta semana completam-se 31 anos que a Fortaleza de Santa Catarina foi aberta à visitação pública, localizada no município portuário de Cabedelo. A programação será totalmente virtual, nas próximas quinta e sexta, sendo transmitida pelos seguintes links: (Canal do Youtube “Musica É da Rua” e Fan Page da Fortaleza Santa Catarina no Facebook).

A Fortaleza encontrava-se fechada há vários anos para obras de restauração que estiveram a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

Tombada como patrimônio histórico nacional em 24 de maio de 1938, a Fortaleza de Santa Catarina é a maior construção histórico-militar do Nordeste brasileiro e uma das maiores fortificações do País.

Erguida originalmente em taipa e por diversas vezes reformada até o seu estágio atual em pedra calcária, a Fortaleza constituiu-se no principal bastião de defesa da Capitania Real da Paraíba, contra as invasões francesas e holandesas.

Depois de passar por vários anos em estado de completo abandono, desde a década de 1930 até o final da década de 1960, finalmente em 1970 deu-se início à restauração, que se estendeu por cerca de 20 anos, até 1990.

Em 1991, os serviços de restauração foram abandonados repentinamente pelo Governo Federal durante a gestão do então Presidente da República, Fernando Collor de Mello, que também extinguiu o Ministério da Cultura.

Na ausência de uma instituição que pudesse preservar e revitalizar o patrimônio histórico, a comunidade tomou a iniciativa de resguardar o monumento assumindo a sua gestão através de uma entidade cultural, a AACC – Associação Artístico-Cultural de Cabedelo, que contou com a parceria de outras entidades como o Grupo de Teatro Amador “Padre Alfredo Barbosa” – GTAAB, tradicional do município.

Em 1995, foi instalada a Fundação Fortaleza Santa Catarina – FFSC, por iniciativa do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional e do Exército Brasileiro, formando um quadro de 21 instituidores, oriundos de órgãos públicos e da sociedade civil organizada, que a partir de então assumiram para si a responsabilidade pela sua conservação e revitalização da velha praça-de-guerra.

Hoje em dia, a Fortaleza é mantida exclusivamente com recursos próprios da Fundação, oriundos da arrecadação da visitação, de contribuições de voluntários e do Governo do Estado da Paraíba.

O Forte é palco de diversos eventos culturais, turísticos e educacionais, como o espetáculo da Paixão de Cristo (maior encenação ao ar livre no Estado), Auto de Natal, Nau Catarineta, Folia do Dia de Reis, etc tendo inclusive retomado o uso religioso de sua Capela interna, com a celebração regular de missas, casamentos e batizados.

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