Uma equipe técnica formada por engenheiros, topógrafos e agrimensores da Companhia Estadual de Habitação Popular (CEHAP) esteve trabalhando o dia inteiro, nesta segunda-feira (dia 28), na zona rural confluente nos limites geográficos e administrativos dos municípios de Sapé e Sobrado, numa área de alagamento localizada próxima às margens do rio Gurinhém.

Segundo o líder comunitário Eduardo da Barra Costa, essa área que foi visitada pelos técnicos da CEHAP já foi desapropriada pela Prefeitura Municipal de Sapé, desde 2020. A posse do terreno tornado agora de domínio da Administração Pública Sapeense, é destinado à construção de 62 casas populares. Os futuros ocupantes são os moradores da comunidade de Barra de Antas que vivem atualmente como ribeirinhos.

“Essas casas localizadas nas margens do rio Gurinhém, vivem em área de risco, pois todas as vezes em que havia uma enchente devido à forte vazão das águas decorrentes do acúmulo de chuvas fortes, durante o inverno pesado, sempre aconteciam problemas com inundações”, explica Eduardo.

Essa é uma demanda pela qual a comunidade já vem lutando para conseguir sucesso junto ao Governo do Estado desde 2011. Já houve, inclusive, várias audiências oficiais com o Ministério Público Estadual e MPF, através do Procurador Federal José Godoy.

Nesta segunda-feira, foi feito um estudo técnico de viabilidade, já que o trabalho de topografia básica foi levantado anteriormente, se deparando com uma nova realidade, que é justamente a possibilidade de construção de uma barragem de concreto compactado a rolo, dentro do projeto de expansão do Canal Acauã-Araçagi, conforme o programa das Vertentes Litorâneas a serem abastecidas com as águas vindas das obras de Transposição do Rio São Francisco.

Além de Eduardo da Barra, os técnicos da CEHAP foram acompanhados por mais duas lideranças dos moradores da região, Josenildo e Josilene, residentes na comunidade de Antas do Sono e cercanias.

Eles explicaram ao pessoal da CEHAP que não possuíam mais detalhes do projeto de construção do Açude de Gurinhém, justamente por falta de material técnico detalhando sobre a possível obra de construção da barragem, caso seja realmente executada pelas empreiteiras contratadas pela SEINFRA (Secretaria de Infraestrutura do Estado).

“Existe um fato novo, que é essa barragem, que está em discussão com as autoridades que representam o Governo. Estamos aguardando a apresentação de um relatório que tire todas as nossas dúvidas”, acrescentou.

No final, ele agradeceu pela preocupação da CEHAP em – pelo menos – amenizar o problema removendo essas 62 famílias que já residem em áreas de risco de alagamento, passando a morar num terreno mais alto, fora da zona de inundação, quando as casas forem finalmente construídas.

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