Com a realização de um toré potiguara na abertura e através da Articulação do Selo UNICEF, a Prefeitura Municipal realiza, nesta sexta-feira (dia 16), na Baía da Traição, um debate com professores e estudantes, sobre as origens da cidade e sobre a trajetória de vida e morte do líder potiguara “Pedro Poty”.
O centro dos debates é o romance histórico “A Baía Que Traiu Portugal” (Editora Penalux, São Paulo, 2016), de autoria do jornalista Ademilson José.
O livro trata das lutas envolvendo portugueses e potiguaras de 1625, quando os holandeses chegaram na Baía da Traição, até 1649, quando “Pedro Poty” foi preso, deportado, torturado e morto numa caravela a caminho de Lisboa.
Aberto ao público, o debate vai acontecer a partir das 09h00, na “Oca de Eventos Iremar Art Toré Forte”, e, para debater com o autor do livro, estão confirmadas as presenças do antropólogo e professor potiguara, Daniel Santana; do professor de Tupi Antigo, Almir Batista da Silva; e da professora e diretora escolar potiguara, Miriam Nascimento.
Além deles, o cordelista “Robinho Broder” e também os professores e historiadores Edvaldo Lira e Ronilene Diniz, integrantes do “Grupo de Estudos do Brasil – holandês” do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP).
“Todos os caciques, escolas e representações de Igrejas e dos pescadores estão sendo convidados, porque vai ser um momento de exaltação e de resgate da nossa história”, afirma Aluizio Lorena (coordenador do evento), que é o Articulador do Selo UNICEF e que, na atual administração do município, também responde pela Secretaria de Saúde.
“Apesar de omitido pela História Tradicional, Pedro Poty da Baía da Traição foi um dos principais personagens do período colonial brasileiro”, afirma Ademilson José, ao lembrar que as perseguições a Poty envolveram a Coroa e a Igreja Católica porque, além de guerreiro, ele também havia se convertido ao Calvinismo, religião dos aliados holandeses.
A coordenação dos debates ficará a cargo da professora Ronilene Diniz e a “Oca de Eventos Iremar Art Toré Forte” fica no final da rua principal da Baía da Traição, subida para a Aldeia Forte, ao lado dos antigos canhões da época do Brasil Colônia.
