O artista plástico, escritor e professor Chico Pereira, responsável pela execução do projeto de readequação e transformação do Palácio da Redenção no futuro “Museu de História da Paraíba” explicou nesta segunda-feira (dia 23), que embora já exista em processo de implantação o novo formato destinado ao prédio-sede do Governo Estadual, a Casa Militar permanecerá sediada no mesmo local onde já se encontra, hoje em dia.

O recém-nomeado Secretário-Executivo da pasta, Tenente-Coronel Marques Júnior, continuará trabalhando nas dependências do Palácio/Museu, até mesmo para garantir a seguranças das instalações, repleta de obras de arte e documentos históricos, incluindo mobiliário, piso, janelas, etc.

CONHEÇA MAIS UM POUCO DA HISTÓRIA DA CASA MILITAR DO GOVERNO DO ESTADO:

A Casa Militar do Governador está sediada no Palácio da Redenção, um prédio histórico que foi construído em 1586 pelos jesuítas, primeiros missionários a chegar à Paraíba, com Martim Leitão, e servia inicialmente como residência desses inacianos – assim também chamados por pertencerem à Companhia de Jesus, fundada em 1540 por Inácio de Loyola.

A casa dos jesuítas fazia parte do conjunto formado pelo convento, capela e colégio.

O convento veio a ser depois residência oficial dos capitães-mores (a partir de 1771, como o capitão-mor governador Jerônimo José de Mello e Castro).

Hoje, depois de mudar muito e de abrigar diversos setores administrativos, continua como sede do Governo, apesar da existência do Palácio dos Despachos no Centro Administrativo de Jaguaribe, agora cedido para funcionamento da CODATA.

A antiga Capela de São Gonçalo virou com o tempo a igreja de Nossa Senhora da Conceição, demolida em 1929 para dar lugar aos atuais jardins.

No colégio dos jesuítas, atual Faculdade de Direito, esses missionários lecionavam latim, filosofia e letras.

O convento implantou-se à mesma época em que se iniciava a catequese dos indígenas, e foi localizado lá para ficar mais próximo da aldeia do cacique Piragibe (Ilha do Bispo).

Os jesuítas foram expulsos em 1593, voltaram em 1708 e foram novamente mandados embora em 1760, em vista de atrito com as autoridades, tendo por causa os indígenas.

Por volta de 1773, o Papa Clemente XIV permitiu que os bens dos jesuítas fossem incorporados à Fazenda Real, aí incluída a casa dos missionários, que passou a servir de residência oficial ao ouvidor-geral José Eduardo de Carvalho.

LUGAR ESPECIAL DE DESTAQUE NA MEMÓRIA PARAIBANA, ATÉ OS DIAS ATUAIS:

Atualmente, o Palácio da Redenção abriga a sede do Governo Estadual e guarda os restos mortais do ex-Presidente da Província da então chamada Parahyba do Norte em 1930, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, ao lado da sua esposa, transladados na forma de cinzas armazenadas em urnas de bronze, desde o Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, onde estavam sepultados.

Esta cerimônia fúnebre teve honras militares póstumas e aconteceu durante o primeiro governo do falecido José Targino Maranhão, em 1997.

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