Por: Pe. Paulo Augusto Tamanini

Durante os 300 primeiros anos da Era Cristã, no período entre a morte de Jesus Cristo e o Concílio de Nicéia, o Cristianismo permanecia tão somente como uma seita do judaísmo tal como os Fariseus, os Saduceus ou os Essênios (os cristãos eram inicialmente conhecidos como “Nazarenos”).

  • Cristãos e judeus tinham muito em comum.

Os autores do Novo Testamento eram judeus, bem como os apóstolos e os primeiros discípulos.

Ambos os grupos observavam o Shabbat, as mesmas festividades, e todos visitavam a Sinagoga.

  • Até 135 (d.C.), todos os líderes da Igreja eram judeus.

Até o Concílio de Nicéia, em 325 (a.D.), os cristãos e os judeus celebravam o Pesakh (Páscoa) no mesmo dia.

No entanto, os gentios (cristãos sem origem judaica) começaram a ver a necessidade de diferenciar o “seu” Pesakh daquele dos judeus.

As igrejas concordaram em mover o dia da celebração do Pesakh, pois o significado da celebração da Páscoa judaica era diferente daquela dos cristãos.

O assunto de como estabelecer a data de modo definitivo permaneceu, no entanto, em aberto.

  • Até que, em 325 (a.D.), no Concílio de Nicéia, foi determinada a nova data.

Outra decisão deste Concílio de Nicéia consistiu na transferência do dia santo e de descanso semanal, de Sábado para Domingo.

Antes do Cristianismo obter o reconhecimento oficial de Império Romano, judeus e cristãos tinham tradições e festejos em comum.

Hoje, nos países cristãos, o Domingo é considerado dia de descanso, enquanto que, para os Judeus, o Sábado permaneceu sempre o dia de repouso.

  • Atualmente, em Israel, o fim-de-semana inclui a Sexta-Feira e o Sábado.

Existe também diferença entre as datas em que as Igrejas Católico-Romana e as Igrejas Ortodoxas celebram a Páscoa.

O cálculo é baseado, neste caso, em critérios da astronomia e, não é, como muitos pensam, uma questão simplesmente religiosa.

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