• Por: Pe. Paulo Augusto Tamanini

Desde os primeiros anos do Cristianismo, este assunto foi motivo de divergências, de pesquisa e estudos.

  • No ano 325 (a.D.), o Concílio de Nicéia, convocado pelo Imperador Constantino, resolveu, por unanimidade, que a Páscoa fosse comemorada por todos os cristãos no mesmo dia.

As resoluções deste Concílio determinaram que a data da Páscoa fosse comemorada sempre no Domingo seguinte à lua cheia do equinócio da primavera, isto é, após o dia 21 de março e, portanto, sempre depois da Páscoa Judaica.

O equinócio é a época em que o dia e a noite têm a mesma duração em todos os países do mundo.

O Patriarca de Alexandria foi incumbido, pelo referido Concílio, a preparar um calendário das Páscoas futuras e divulgá-lo para todas as Igrejas Cristãs do mundo, sempre após a festa da Epifania.

Mesmo após a separação de Roma da Pentarquia Ortodoxa, continuou a Igreja do Ocidente a celebrar a Páscoa conforme o Concilio de Nicéia determinava.

  • A unificação das datas seguiu seu curso normal até 1582 (a.D.), quando a Igreja Romana adotou o calendário Gregoriano, elaborado pelo Papa Gregório XIII, que teria constatado “erros” no ano solar, adiantando-o em 13 dias.

A Igreja Ortodoxa não aceitou a nova data, pois estava em desacordo com o que fora estabelecido no Concílio de Nicéia.

A partir daí, a Páscoa Ortodoxa e Latina (Católico-romana) passaram a ter datas diferentes, coincidindo apenas de 4 em 4 anos.

A Igreja Ortodoxa, fiel às decisões deste Concílio, continua seguindo este calendário, observando fiel e retamente os cânones deste concílio, não aceitando reformas e inovações no que diz respeito à Grande Quaresma e às festividades Pascais até o dia de Pentecostes, no 50º dia após a Páscoa.

  • FONTE:
    Chams – Revista mensal informativa das comunidades de idioma árabe no Brasil, Edição de Maio – ano VII – nº 67/II
    REDEV, John. Londres: BBC, 23/9/2004.

Leave a comment