Sua chegada ao Ministério da Saúde foi num momento de grande crise sanitária e política.

Assumiu a pasta no “olho do furacão”, no auge da maior emergência de saúde pública já vista em todo o planeta, na pior fase da pandemia de COVID-19, quando muito pouco se conhecia sobre a sua evolução, gravidade, tratamento, e corria-se contra o tempo para o desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde.

Seu grande desafio era ampliar a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde para salvar vidas e se somar ao governo para preservar empregos e garantir o funcionamento da economia do País e a liberdade dos brasileiros.

  • Também era necessário defender a autonomia dos médicos, de acordo com o melhor da ciência, para tratar uma doença que pouco se conhecia.

Queiroga soube conduzir com rara habilidade os problemas políticos e aplicar todas as medidas
sanitárias na condução da Emergência de Saúde Pública.

  • Foi realizada uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, com mais de 500 milhões de doses, utilizando-se a fantástica malha de Unidades Básicas de Saúde do SUS em todo o País.

Além de todas as medidas de enfrentamento a COVID-19, foram criados mais sete mil leitos
permanentes de terapia intensiva, o que representa um aumento de 22% na rede de atenção especializada do SUS, o que não ocorria há uma década.

  • Merece destaque, igualmente, a transferência de tecnologia efetivada entre a Universidade de Oxford/AstraZeneca com a Fiocruz para produzir vacina com insumo farmacêutico ativo nacional, conquista importante para o Complexo Econômico Industrial da Saúde.

Na cardiologia, sua especialidade, mesmo com a pandemia, deixou um legado significativo com a
implementação de vários programas que reduzirão a mortalidade cardiovascular no Brasil, a exemplo da Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e a inclusão de cinco novos medicamentos na Farmácia Popular do Brasil.

A fluidez do texto, com sutil senso de humor, detalha cronologicamente uma história de sucesso, ilustrada com riqueza de detalhes: um registro de sua trajetória na superação dessa grande Emergência de Saúde Pública mundial.

  • Hélio Roque Figueira
  • Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
    Gestão 2014/2015
  • Atual Presidente do Congresso Latino Americano SOLACI-SBHCI 2023, que se realizará de 2 a 4 de agosto no Hotel Windsor da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil.

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