Reitero, reforço, renovo e insisto que a Segurança Pública não pode ser enxergada/analisada apenas como desafio DE ou DA Polícia.

Outros players e stakeholders (partes interessadas) devem entrar na equação.

Para fins ilustrativos, vamos observar o indicador criminal FEMINICÍDIO em três Estados brasileiros (até 10 de outubro).

  • São eles:
    Distrito Federal,
    Paraíba e
    Rio Grande do Sul.

No DF, verificam-se oscilações e, 2023 comparado com 2022, houve um significativo aumento levando em conta tão somente até o dia 4 de setembro.

Na PB, de igual modo houve aumento significativo de 2023 em relação a 2022.

Somando os dados disponíveis na página oficial da SESDS com matérias jornalísticas, em 2022 foram 24 casos e em 2023 já ultrapassamos 27.

  • Corremos o risco de ter o maior número da série histórica já registrada, caso ocorram mais 10 casos até 31 de dezembro.

No RS, tivemos 80 (2020), 96 (2021), 110 (2022) e em 2023 até setembro 64 vítimas.

Isso sinaliza uma tendência de forte queda comparada a 2022.

Bom, mas a pergunta é: basicamente as políticas e gestores são exatamente os mesmos nesses períodos.

  • Certamente investimentos significativos foram realizados em Delegacias Especializadas no Atendimento para Mulheres, Rondas Maria da Penha pelas PMs e/ou GCMs (exceto DF), botão do pânico, casas-abrigo etc. e ainda assim nos casos do DF e PB não foram suficientes para reduzir os feminicídios, pelo contrário.

No RS em 2021 e 2022 houve aumentos em relação aos respectivos anos anteriores.

Então, Segurança Pública é tão somente desafio DE ou DA Polícia?

Considerando os investimentos e tecnologias disponíveis para enfrentar o fenômeno.

  • Uma lição, entre várias outras, que podemos extrair é que não deveríamos “vangloriar” ou “demonizar” as ações policiais como responsáveis EXCLUSIVAMENTE pelos sucessos ou reveses nesse e noutros indicadores, sob pena de estreitarmos a visão para os macro fatores que compõem a equação.

Algo é comum e “certo” para todas as Polícias:

Nossos(as) Pacificadores(as) Sociais têm sofrido desgastes físicos-emocionais bem significativos na busca diuturna de contribuírem para um país menos violento.

É como penso!

  • Texto: Onivan Elias de Oliveira – Cel R/R PMPB

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