O ictiólogo brasileiro Luiz Rocha descobriu até o momento 30 espécies de peixes.
- Ele é filho da engenheira Aracilba Rocha, que já exerceu cargos de Diretoria em importantes órgãos estatais brasileiros, como a SABESP, Aneel, Cagepa, antiga ST-Trans (atual SEMOB), entre outras companhias de água, saneamento, energia elétrica, tratamento de esgotos, etc.
Aracilba Rocha é engenheira civil, especialista em gerenciamento de empresas públicas, planejamento urbano e gestão de habitação.
Após completar sua formação como biólogo no Brasil, seu filho Luiz concluiu doutorado em Ciências Aquáticas e da Pesca na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
- Hoje, considerado um especialista mundial em ictiologia (o estudo dos peixes), lidera quatro ou cinco expedições de mergulho da Academia de Ciências da Califórnia todos os anos, onde é professor e considerado “Herói da Ciência”.
Luiz é um dos poucos pesquisadores capazes de mergulhar e guiar expedições em águas super-profundas, que podem chegar até a 150 metros abaixo da superfície do mar.
Um trabalho que exige equipamento especial e um rigor máximo na execução.
- Apenas um mergulho pode ser feito por dia, para não afetar a saúde do corpo.
E é com essa habilidade que Luiz cumpriu mais uma missão, dessa vez nas Maldivas.
- Em parceria com o governo de lá, e com o apoio do prêmio ROLEX, Rocha e sua equipe estudaram recifes de corais profundos no Oceano índico, além dos efeitos do aquecimento global naquela área marinha.
Luiz encontrou exemplares de fauna marinha jamais vistos, usando como base suas pesquisas feitas aqui no Brasil e também nas Filipinas.
- Como por exemplo: Liopropoma incandescentes em Pohnpei, Micronésia (2017), o Peixe arco-íris, nas Ilhas Maldivas (2022) e o Cirrhilabrus wakanda, encontradado na África Ocidental, reconhecido como nova espécie em 2019.
- MERGULHOS PROFUNDOS EM ÁGUA FRIA, ESCURA E MUITO ARRISCADOS
Os mergulhadores devem usar rebreathers, que reciclam o gás exalado, e um gás respiratório especial contendo hélio que é seguro para mergulhos profundos.
- A descida leva apenas 10 a 15 minutos, dependendo da inclinação do recife, diz Rocha, mas a subida pode levar de cinco a seis horas para permitir que o corpo se descomprima e o gás nitrogênio contido na corrente sanguínea não chegue a borbulhar, “fervendo” de maneira fatal devido ao efeito da narcose.
Todo esse esforço lhe dá apenas sete a 10 minutos de profundidade máxima, onde ele e sua equipe procuram peixes, coletam amostras de DNA e registram o número de organismos em uma área.
- Se eles acham que encontraram uma nova espécie, geralmente a capturam e a carregam até a superfície em uma câmara de descompressão para que possam estudar o espécime de volta ao laboratório.
- Luiz Rocha, cientista e mergulhador profissional, foi incluído no Explorer Club, considerado como um dos 50 maiores exploradores do mundo.
Se for contado o tempo de mergulho de todas as suas expedições, o cientista marinho Luiz Rocha já passou quase um ano de sua vida debaixo d’água.