Ela é a poetisa e pedagoga Ñasaindy Barrett de Araújo, filha da paraguaia Soledad Barrett Viedma e do brasileiro José Maria Ferreira de Araújo, nascido no Ceará, mas de família paraibana.

  • Ambos foram traídos pelo Cabo Anselmo, mortos sob tortura – ele em São Paulo, ela em Pernambuco – e seus corpos jamais encontrados.

Órfã em Cuba, Ñasaindy veio para o Brasil como filha da exilada Damaris Lucena quando foi decretada a anistia.

  • Porém, logo no aeroporto, teve seu passaporte retido e, por isso, viveu até o início da idade adulta sem qualquer documento, o que lhe criou obstáculos para estudar e trabalhar.

Junto com Ñasaindy, participa do 15º episódio da série “60 Anos do Golpe: por Memória, Verdade e Justiça” seu tio Paulo Maria Ferreira de Araújo, professor aposentado da Unicamp e militante do grupo Tortura Nunca Mais.

  • Paulo tem um protagonismo na história porque iniciou a busca pelo irmão desaparecido desde a rebelião dos marinheiros, em 1964, empenhou-se para encontrar a sobrinha e depois para provar sua filiação de forma que ela tivesse cidadania brasileira.

A série “60 Anos do Golpe: por Memória, Verdade e Justiça” é veiculada no programa “Tabajara Conta a História”, que vai ao ar sempre às 17h00 das segundas-feiras, na Rádio Tabajara FM (105,5 MHz).

  • É uma produção do Memorial da Democracia da Paraíba em parceria com o Comitê Paraibano por Memória, Verdade e Justiça e a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC).

A produção tem coordenação do jornalista Carmélio Reynaldo, com apoio da professora e historiadora Lúcia Guerra e do advogado e escritor Waldir Porfírio.

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