O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu nesta terça-feira, dia 6 de maio, das mãos do presidente do Instituto Ranking PB (IRPB), Alisson Holanda, um sólido estudo técnico com propostas estruturantes para o desenvolvimento sustentável da região Nordeste.

  • O documento, referendado pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), apresenta um diagnóstico minucioso dos entraves históricos enfrentados pelos estados nordestinos, além de um conjunto robusto de sugestões legislativas e estratégicas para transformar a região em um polo de inovação, infraestrutura, educação e competitividade econômica.

A entrega do estudo, momento que contou com a participação também de um grupo de empresários paraibanos liderados por Gerardo Filho, marcou o início de uma articulação que pode gerar frutos concretos no Congresso Nacional.

  • Sensível à pauta e identificado com as demandas da sua região, o paraibano Hugo Mota acolheu o conteúdo do estudo, assim como também sugeriu a criação de uma Frente Parlamentar Mista de Desenvolvimento do Nordeste para defender a agenda da região de forma articulada e permanente.

Para Alisson Holanda, trata-se de um gesto político de grande significado.

  • “Hugo Motta tem a oportunidade de deixar um legado para nossa região”.

“Ele reconheceu de imediato que o Nordeste precisa atuar em bloco, com coesão entre os Estados, e propôs algo que pode dar base institucional a essa transformação”, afirmou.

  • O estudo do IRPB parte de uma comparação com a experiência de Singapura, que nas últimas décadas saiu de um cenário de carências estruturais para se tornar uma das economias mais dinâmicas e inovadoras do mundo.

A análise propõe que o Nordeste adote uma estratégia semelhante, voltada para investimentos pesados em infraestrutura e educação de excelência, associada a uma governança eficiente e a um ambiente de negócios moderno e desburocratizado.

  • A infraestrutura aparece como um dos pilares centrais da proposta.

O documento alerta para a situação precária de rodovias, ferrovias e portos, que limita a integração regional e afasta investidores.

  • Destaca, por exemplo, o abandono de obras fundamentais, a baixa cobertura de saneamento básico e a defasagem digital que impede a inserção competitiva do Nordeste na economia do século XXI.

Nesse cenário, o IRPB sugere a atuação do Congresso na modernização da legislação de concessões e parcerias público-privadas, além da reativação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), já enviado pelo Executivo, mas ainda sem tramitação efetiva.

  • Na área da educação, o estudo apresenta um panorama preocupante.

Em alguns territórios da região, os índices de capital humano pré-pandemia eram semelhantes aos de países pobres da África Subsaariana, enquanto as regiões mais ricas do Brasil já alcançavam padrões da OCDE.

  • Para reverter esse quadro, o IRPB propõe a ampliação da rede de escolas técnicas, incentivo à educação profissional dual (teoria e prática), programas de liderança e empreendedorismo juvenil, e até a criação de uma universidade digital regionalizada voltada para o mercado de tecnologia, inteligência artificial e economia criativa.

No campo econômico, a proposta vai além da crítica à desigualdade.

  • Ela sugere medidas legislativas para transformar o Nordeste em uma zona econômica estratégica.

O estudo defende a criação de zonas de inovação com legislação própria e regimes tributários diferenciados, além de ações específicas voltadas à bioeconomia, turismo regenerativo, atração de nômades digitais e estímulo à indústria de energias renováveis, com destaque para o potencial inexplorado do semiárido na produção de hidrogênio verde.

  • A governança pública também aparece como eixo transversal.

A experiência de Singapura mostra que nenhuma transformação se sustenta sem instituições sólidas, transparentes e articuladas.

  • Nesse sentido, o IRPB recomenda maior protagonismo da Câmara dos Deputados na definição de prioridades orçamentárias, revisão do pacto federativo para beneficiar Estados mais pobres e fortalecimento de mecanismos de controle social e transparência pública.

Por sua vez, o presidente do Cofeci, João Teodoro Silva, destacou a importância de integrar o setor imobiliário à agenda nacional de desenvolvimento, defendendo e apoiando também a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Desenvolvimento do Nordeste, alinhada com o compromisso da entidade com o progresso econômico e turístico da região.

  • Segundo João Teodoro, o setor imobiliário é um dos pilares para o crescimento sustentável, e sua integração às políticas públicas pode gerar emprego, renda e maior atratividade para investimentos no turismo e na infraestrutura regional”, afirmou.

Durante a reunião, Hugo Motta demonstrou entusiasmo com a proposta e reconheceu a necessidade de agir com visão estratégica.

  • A criação da frente parlamentar, sugerida por ele próprio, poderá ser o primeiro passo na construção de uma agenda suprapartidária voltada ao Nordeste.

Alisson Holanda destacou a importância dessa articulação para além das fronteiras regionais.

  • “Precisamos mobilizar também deputados de Estados que mantêm relações estruturais com o Nordeste, como Minas, Goiás e Tocantins”.

“Essa causa não é apenas do Nordeste, mas de todo o país, porque o crescimento regional é chave para a redução das desigualdades nacionais”, defendeu.

  • Com a entrega oficial do estudo e o sinal verde para a criação da frente, o IRPB dá início a uma nova etapa do projeto.

A próxima missão será consolidar apoio entre os parlamentares, formar consensos técnicos e políticos, e transformar as propostas em medidas efetivas.

  • “Não queremos publicar esse estudo de imediato em portais apenas locais. Precisamos repercuti-lo em nível nacional, dar amplitude ao debate”.

  • Momento em que o empresário Alisson Holanda entrega o estudo do IRPB a Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF

“Esse é um movimento de médio e longo prazo, que exige coordenação e visão de futuro”, concluiu Alisson.

  • O estudo completo estará disponível para parlamentares, pesquisadores, gestores públicos e agentes do setor privado interessados em contribuir com uma nova trajetória de desenvolvimento para o Nordeste brasileiro.

  • Sobre o Instituto Ranking PB (IRPB)

O IRPB é uma organização social apartidária, com sede na Paraíba, voltada à elaboração de estudos técnicos e estratégicos voltados à melhoria das políticas públicas no Brasil.

  • O estudo apresentado será disponibilizado a parlamentares, gestores públicos e entidades que atuam em prol do desenvolvimento regional.

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