Palestra “Do Algoritmo à Ação” apresentou como a IA pode gerar eficiência, ampliar operações e criar novas oportunidades de negócios.

  • Na manhã desta sexta-feira (29), o LIDE Paraíba promoveu mais um evento exclusivo para filiados e convidados, com foco em um dos temas mais estratégicos da atualidade: a Inteligência Artificial (IA).

O painel contou com a palestra “Do Algoritmo à Ação”, conduzida por Manoel Edesio, especialista em tecnologia e inovação, que apresentou aplicações práticas da IA no mundo corporativo.

  • Na abertura do encontro, o presidente do LIDE Paraíba, Gabriel Galvão, destacou a relevância do tema e o compromisso da entidade em preparar líderes empresariais para os desafios do mercado.

“Hoje estamos reunidos para tratar de um tema extremamente relevante. A inteligência artificial não é uma onda passageira; é uma realidade que já está transformando empresas em todo o mundo”.

  • “Quem não se adaptar a essa tendência ficará fora do mercado. Eventos como este são fundamentais para que nossos líderes saibam aproveitar essa tecnologia como instrumento estratégico de crescimento e inovação”.

“O LIDE Paraíba tem o compromisso de oferecer experiências que agreguem conhecimento, inspirem a gestão e fortaleçam a liderança empresarial em nossa região”, afirmou.

  • Dando início a sua apresentação, Manoel Edesio destacou a importância de transformar o debate sobre inteligência artificial em ações concretas.

Ele lembrou que muito se discute sobre o potencial da tecnologia, mas o verdadeiro desafio está em aplicá-la de forma prática no cotidiano das empresas.

  • “A IA não vai roubar empregos, mas transformar profissões. O profissional que souber utilizá-la terá vantagem competitiva sobre aquele que não a adotar”.

“Esse é o ponto central: não se trata mais de escolha, e sim de obrigação. Quem não enxergar isso ficará para trás”, afirmou.

  • O palestrante ressaltou também que a velocidade é a palavra-chave da nova era tecnológica.

De acordo com o especialista, “hoje conseguimos criar soluções em semanas que antes levariam meses ou até anos para serem implementadas”.

  • “A inteligência artificial acelera processos, gera protótipos rápidos, valida hipóteses e permite ajustes em tempo real”.

“O dado se tornou o novo petróleo, e quem souber usá-lo com inteligência terá um diferencial estratégico enorme”, destacou.

  • Manoel Edesio explicou ainda que o uso da IA vai muito além das ferramentas mais conhecidas, como os chats conversacionais, e envolve um ecossistema de soluções capazes de integrar diferentes sistemas empresariais e resolver problemas específicos com rapidez.

Exemplos práticos apresentados incluíram desde aplicações em vendas até modelos de micro-SaaS, mostrando que negócios de qualquer porte podem se beneficiar da tecnologia.

  • Em seu discurso, o especialista explicou como conectar sistemas de forma segura e destacou a importância de utilizar APIs oficiais, como as da Meta, em operações corporativas.

Segundo ele, optar por versões não-oficiais pode levar ao bloqueio de números e comprometer a continuidade das atividades, gerando retrabalho e insegurança.

  • Manoel Edesio demonstrou, na prática, o funcionamento do que chamou de Centro de Inteligência Artificial, no qual é possível criar agentes inteligentes capazes de contextualizar informações e resolver problemas de forma autônoma.

“Assim como no ChatGPT, fornecemos um contexto para o agente. Ele pode representar um advogado, um coach de atendimento ou até mesmo um gestor de obras”.

  • “A partir daí, em linguagem natural, conseguimos definir como deve funcionar, quais dados deve extrair e que decisões precisa tomar”, explicou.

Durante a demonstração, o especialista apresentou como esses agentes podem receber relatos de problemas — como manutenção em obras —, interpretar a urgência, classificar o tipo de solicitação e fornecer feedback imediato ao usuário.

  • Todo o processo ocorre de maneira automatizada, sem necessidade de programação complexa, apenas com instruções em linguagem natural.

Outro ponto enfatizado foi a capacidade da IA em interpretar dados de entrada e transformá-los em informações acionáveis.

  • Segundo Manoel Edesio, “em vez de depender de programações rígidas, transferimos a decisão para a IA, que interpreta e organiza as informações com base em texto natural”.

O palestrante mostrou, ainda, como integrar a IA a diferentes canais, como o WhatsApp, possibilitando que mensagens de texto ou áudio se tornem chamados registrados em banco de dados e exibidos em dashboards interativos.

  • Em uma demonstração ao vivo, um simples áudio relatando um problema no carpete do palco foi transformado automaticamente em protocolo, com prazo de resolução e registro em painel de acompanhamento.

Essa integração, de acordo com o especialista, traz enorme ganho de velocidade:

  • “Um fluxo que levaria dois meses em um desenvolvimento tradicional pode ser construído em quatro semanas com inteligência artificial”.

“Estamos caminhando para um cenário de menor dependência técnica e maior dependência de conhecimento de negócio. Quanto mais o líder compreender sua operação, mais poderá usar a IA para gerar resultados práticos e estratégicos.”

  • O especialista ressaltou que a questão legal será um dos maiores desafios no uso da IA.

Ele explicou que, enquanto hoje a tecnologia é aplicada para apoiar processos, em breve poderá ser usada em tomadas de decisão mais complexas, o que levanta dúvidas sobre quem será responsável por eventuais erros ou litígios:

  1. o desenvolvedor,
  2. o fornecedor ou
  3. a empresa usuária.

Na sequência, o palestrante trouxe um alerta sobre segurança e privacidade de dados.

  • Ele destacou que muitas empresas e colaboradores utilizam versões gratuitas de ferramentas como o ChatGPT sem compreender como os dados são tratados.

“Em alguns casos, informações sensíveis podem acabar sendo usadas para treinar algoritmos, aumentando o risco de vazamentos”.

  • “Há companhias que inserem segredos de negócio e dados financeiros em plataformas abertas, sem se preocupar em verificar como essas informações serão processadas. Isso pode voltar contra a própria empresa”, alertou.

Apesar do entusiasmo com as possibilidades, o palestrante foi categórico ao diferenciar automação com IA do conceito de agentes autônomos.

  • “A maior parte do que se chama hoje de ‘agente de IA’ não aprende de forma independente, mas sim executa instruções pré-programadas”.

“Vivemos um momento de grande automação inteligente, mas ainda não chegamos ao ponto de termos agentes plenamente autônomos. Por isso, é essencial entender as peças do jogo e como utilizá-las de forma estratégica”, destacou.

  • O encontro foi concluído com um apelo à responsabilidade no uso da IA.

Para Manoel Edesio, o futuro dos negócios dependerá da adoção da tecnologia, assim como também da capacidade das empresas em criar políticas internas, educar colaboradores e estabelecer critérios claros de segurança e privacidade.

  • No encerramento do evento foi enfatizada a missão do LIDE Paraíba de promover debates estratégicos e fomentar conexões que fortalecem o ambiente empresarial do Estado, oferecendo aos líderes ferramentas para tomar decisões mais assertivas e competitivas em um mercado em constante transformação.

Sobre o LIDE Paraíba

O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais – está presente em mais de 20 países, promovendo fóruns, congressos e encontros de relacionamento que reúnem os principais nomes do setor produtivo.

  • Na Paraíba, a proposta é fortalecer a integração entre lideranças locais, gerar oportunidades e fomentar um ecossistema empresarial cada vez mais dinâmico e inovador.

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