• Por: Hilton Gouveia
    Especial para o BLOGdoGM

Os 25 km de pontes e estradas que ligarão Cabedelo a Lucena, no Litoral Norte Paraibano, escondem histórias e seus respectivos ídolos, que não constam, ainda, nos compêndios escolares oficiais.

  • O ponto de partida inicial da Ponte do Futuro “José Maranhão”, hoje é batizado Intermares, mas já foi chamado de Praia dos Macacos ou de Álvaro Jorge.

Motivo: os veranistas que no passado se aventuravam em ir até ali se deparavam com bandos de macacos-prego ou saguis, muitas vezes perseguidos por cobras salamandras, que corriam atrás da sua dieta habitual.

  • Pescadores urbanos passavam ali dias e dias acampados.

Em dezembro de 1634, tropas portuguesas e esquadras holandesas fizeram desta área campo de Batalha.

  • Na noite de Natal de 1634, os batavos romperam a linha de fogo que os enfrentava nesta área, e conquistaram o Forte da Ilha da Restinga, que deu suporte para a derrota da Fortaleza de Santa Catarina.

A Paraíba estava conquistada e os holandeses só capitulariam quase 15 anos depois.

  • Daí, pulando-se para Jacaré, lembramos que este rio era fartamente habitado por esses animais.

Porém, uma empresa montou lá um estaleiro, para o conserto de navios.

  • E o Rio Paraíba foi transformado em hidro aeroporto, por receber os hidroaviões do Correio Postal Brasileiro, que traziam correspondências para cá de todas as partes do Brasil e do mundo.

Numa dessas avionetas, o padre Paraibano Marcos Trindade embarcou para a Itália em 1948, com destino a Roma, via Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

  • Chegamos na Ilha de Stuart.

Local de Morada ou veraneio do cônsul inglês Josef Iordan Stuart.

  • Ele tentou Colonizar a ilha com cerca de 40 pessoas.

E construiu, lá, um cemitério anglicano.

  • Aqui na Capital paraibana a Igreja não permitia sepultamentos de anglicanos em cemitério comuns.

Republicano enrustido e abolicionista, mandou seu escravo de confiança, Manoel “Cobra” roubar o corpo “salpreso” do herói Amaro Coutinho, que há dias estava no exposto sobre estacas (naquela época), perto de onde hoje é o Hotel Globo.

  • “Cobra” embebedou as sentinelas portuguesas e colocou os restos mortais do herói num saco.

Ganhou o mundo.

  • O destino desta cabeça histórica até hoje é mistério.

Amaro Coutinho lutou na revolução de 1817, ao lado de Peregrino de Carvalho.

  • Foi preso e enforcado no Recife, por forças portuguesas.

Índio Pedro Poty

Pedro Poty (Representação visual gerada pela IA Leonardo + Midjourney)

  • Feições quando ainda jovem e depois de adulto (Pedro Poty nasceu na capitania da Parahyba, em 1608 – morreu torturado no meio do Oceano Atlântico, em 1652, aos 44 anos de idade).

  • Nasceu na Aldeia Mussurepe, em Baia da Traição.

Devia ser o ano de 1608 quando veio ao mundo o potiguara Pedro Poty.

  • Foi levado pouco tempo depois para a Holanda, com 9 anos de idade.

Perto de 1630 casou-se com uma holandesa.

  • Teria 22 anos, quando começou a ponderar estudar teologia.

Com base no calvinismo.

  • Considerado hábil, voltou ao Brasil formado pastor Calvinista.

Apesar de odiado por portugueses, pregava abertamente.

  • Poliglota, escrevia a seu primo, Felipe Camarão.

Para aderir aos holandeses.

  • E isto quase aconteceu, se não fosse a mesma intervenção de frades.

Um dia, Pedro Poty foi preso e enjaulado no Porão de um navio, com mulher e filho.

  • Morreu a bordo do navio que o levava preso para Portugal, em 1652. 

A mulher limpava suas feridas, resultado das torturas a bordo.

  • CRÉDITO DAS FOTOS TERRESTRES – BIA MELO/Ascom do DER-PB

CRÉDITOS DAS IMAGENS AÉREAS DE DRONE: @TacioAdventures

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