O Palácio da Redenção, um dos mais importantes símbolos da nossa memória, reabrirá suas portas, agora transformado no 1º Museu de História da Paraíba, nos próximos dias, inaugurado pelo Governador João Azevêdo.
- O prédio, que já foi residência de governadores, Escola Normal e sede do Governo Estadual, agora ganha nova vida como espaço cultural aberto ao público.
Após muitas intervenções ao longo de sua trajetória, esta foi a maior obra de recuperação já realizada no Palácio, conduzida pela Suplan, com a colaboração da Secult, do Iphaep e da comissão do museu, liderada pelo historiador, escritor e artista plástico Chico Pereira.
- É fruto de um trabalho coletivo que uniu forças institucionais em torno da preservação da nossa memória.
Inclusive, quando foi retirada uma vegetação de hera (planta trepadeira em pedras e muralhas) que estava plantada no mesmo local há 90 anos (desde 1930) a equipe de restauração descobriu os resquícios de uma igreja que existia desde o governo de Frutuoso Barbosa (1588-1591), incluindo vestígios esculpidos em pedra calcárea das antigas portas, janelas e púlpito para canto coral, utilizado nas missas que ali foram celebradas.
- Entre 1588 e 1591, os jesuítas fizeram a sua primeira edificação na sede da Capitania da Paraíba, uma pequena igreja que, cinquenta anos depois, foi descrita pelo holandês Elias Herckmans como sendo “uma egrejinha, ou para melhor dizer, uma simples capella com a denominação de S. Gonçalo”.
Por trás dessa igreja, saía uma vereda (mais ou menos no traçado da atual rua da República) que ia para a aldeia de Piragibe, o cacique da tribo Tabajara chamado de Braço-de-peixe, no lugar atualmente denominado de Ilha do Bispo, onde viviam cerca de 1.100 índios, dos quais 150 já haviam sido batizados naquele período, pelos padres.
- A diretora superintendente da Suplan, Simone Guimarães, destacou os desafios e superações dessa obra de grande complexidade, que devolve à Paraíba um patrimônio histórico inteiramente revitalizado.
“Mais uma recuperação concluída com maestria pela engenharia e arquitetura do Estado, reafirmando o compromisso com a cultura e a preservação da nossa história”, afirma Simone.
- Em breve, o museu estará aberto ao público pelo Governador João Azevêdo, convidando todos a conhecerem e vivenciarem de perto essa nova etapa da história paraibana.
CRÉDITOS DAS FONTES DE INFORMAÇÕES & FOTOGRAFIAS:
- SIMONE COELHO GUIMARÃES
👷🏼♀️ Engª. Civil formada pela UFPB
👷🏼♀️ MBA PA Gestão Ambiental
➡️ 1ª Diretora-Superintendente da @pbsuplan
➡️ 1ª Vice-Presidenta do @creapb
- FLÁVIO RAMALHO DE BRITO
Engenheiro, escritor e historiador.
É membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP, da Academia Paraibana de Engenharia – APENGE e da Academia de Letras de Campina Grande – ALCG. Nasceu na cidade “Rainha da Borborema”.
- A igreja de S. Gonçalo, localizada entre os edifícios do Convento Jesuíta e do Colégio dos Jesuítas, foi demolida em 1929, na gestão de João Pessoa, então presidente do Estado da Paraíba. No espaço antes ocupado pelo templo foi instalado o Mausoléu de João Pessoa, com os restos mortais do político, em 1997. ▪ Fonte: MemóriaJP/UFPB + Wikimedia
Conjunto arquitetônico formado pelo Palácio do Governo (antigo Convento dos Jesuítas), a igreja da Conceição e o Lyceu Paraibano (antigo Colégio de São Gonçalo da Companhia de Jesus, onde posteriormente funcionou a Faculdade de Direito da UFPB), com as fachadas principais voltadas para o Jardim Público (atual praça João Pessoa). ▪ Final do Século XIX ▪ Fonte: Walfredo Rodriguez
- Fachadas do Palácio do Governo (antigo Convento dos Jesuítas) e da igreja da Conceição. ▪ Final do Século XIX ▪ Fonte: Walfredo Rodriguez
Igreja de S. Gonçalo, demolida em 1929. ▪ Fonte Jampa das Antigas