• Hilton Gouveia
  • Especial para o BLOGdoGM

O pesquisador subaquático e cirurgião-dentista Jair César de Miranda Coelho, afirmou em suas matérias publicadas na imprensa que Recife-PE e João Pessoa-PB se tornaram ninhos de espiões entre 1939 e 1945, quando começou e terminou a Segunda Guerra Mundial.

  • Ele volta um pouco ao passado e lembra João Domingos Calabar, um contrabandista amasiado com uma mameluca, que passava fumo e cachaça pelas fronteiras de Pernambuco, Alagoas e Paraíba.

Porém, Calabar era um sem pátria e naquela hora de prensa, tanto ajudaria holandeses quanto portugueses.

  • Mas o terrível Capitão Rebelinho e outros insurretos que odiavam os batavos, preferiram enforcar Calabar em Porto Calvo (AL) a ter por perto um “colaborador” que provavelmente jogava dos dois lados.

Segundo Jair (in memoriam) a Delegacia Especial de Segurança Pública, em João Pessoa, mantinha atividade febril na caça a espiões nazistas.

  • Um investigador da Sesp, Antônio Pereira Filho, era invejado por colegas de trabalho, por causa de seu faro infalível, na identificação de súditos do Eixo, formado por Alemanha, Japão e Itália, que lutavam contra as forças aliadas

Na avaliação de Pereira, quem era galego, tinha olhos oblíquos ou falava cantando ele levava pra cadeia, e “teje preso”.

  • Entre os tidos como suspeitos por Pereira, constava o alemão Ghunter Heinzel, de 28 anos de idade.

Detido por um policial pernambucano na Paraíba, acabou liberado, por falta de provas.

  • Dias depois chegou um comunicado na Paraíba, afirmando que Ghunter foi flagrado a bordo de navio que fazia a rota Recife-Cabedelo, examinando mapas locais de forma suspeita.

Outra suspeita que provocou cuidados das autoridades foi a alemã Helen Glaucher.

  • Simples operária de tecelagem na Alemanha, alegou que viera a Rio Tinto atrás de emprego.

A polícia desconfiou porque, ao ser presa, ela completava a oitava viagem ao Brasil.

  • Em Rio Tinto, porém, creditaram uma imagem em alto relevo esculpida no pilar direito da matriz de Santa Rita de Cássia, a uma cópia característica de simbologia suástica (a Águia Nazista do 3º Reich).

A Paróquia responde que se trata apenas de um inocente anjo estilizado.

  • Mas em João Pessoa, havia no Palácio da Redenção, uma sala repleta com suásticas no piso do terraço localizado na parte da saída por trás do prédio, implantadas no tempo de Argemiro de Figueiredo.

  • Foram retiradas pelo governador Antônio Mariz, mesmo sob protestos de historiadores.

Em tempo: esta aqui foi revelada pela Veja

  • Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil esteve neutro por alguns momentos e o Recife se tornou um paraíso de espiões.

E a Dopse pernambucana prendeu lá ninguém menos que o ator Errol Flynn, estranhamente à vontade com oficiais nazistas, com quem farreava até altas horas da noite!

  • Um dos maiores feitos de espionagem registrados na Paraíba, no liminar do Século 19, atingiu o padre mamanguapense Geraldo João de Azevedo, reconhecidamente inventor da máquina de escrever.

Velho e doente ele veio para a casa de um médico amigo em João Pessoa, para repousar .

  • Aqui foi procurado em 1882 pelo mecanógrafo inglês Cristopher Alan Shole, que lhe propôs sociedade no invento.

Este seria fabricado em série e sofreria algumas adaptações.

  • O padre rejeitou a proposta, já que o contrato exigia que fosse morar nos EUA.

Shole pediu para ver a invenção e fixou detalhes da máquina, mentalmente.

  • Em Nova York, Shole vendeu um estilo modificado da máquina de Azevedo a Samuel Remington, um fabricante – em falência – de armas de fogo.

No início do Século 20, Remington já vendia esta máquina em série e em grande quantidade por todo o ocidente.

    • O garoto propaganda desta máquina foi o então jovem escritor Mark Twain.

A máquina Remington de escrever só saiu do mercado em 1995, com o advento do computador.

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