“A realidade vivida hoje por cerca de 900 mil indígenas das 305 etnias do Brasil é absurdamente cruel. Invasões violentas, paralisação das demarcações, contaminação de suas terras e águas pelo mercúrio dos garimpeiros e abandono na agonia da pandemia. Esse é o cenário que expõe atualmente o indígena ao genocídio”, afirmou a senadora Nilda Gondim (MDB) em postagem nas suas mídias sociais.
Segundo dados históricos preservados na Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal, quando o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, havia uma população estimada em cerca de 3 milhões e 500 mil índios que habitavam na época pré-colonial, em estado neolítico (cultura própria do homem da pedra polida).
Dividiam-se em quatro grupos lingüístico-culturais: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba. Naquela ocasião, os Tupis tinham acabado de ocupar o litoral, expulsando para o interior as tribos que não fossem da mesma etnia deles, espalhando-os por todo o território nacional, dos confins da Amazônia até os pampas gaúchos e o chaco guarani, na fronteira com o Paraguai e atual Estado do Mato-Grosso, passando pelos agrupamentos Tupinambás, Caiapós, Cariris, Tabajaras, Potiguaras, etc.
Enfatizando que a garantia da salvaguarda das terras indígenas significa a garantia da integridade de todos os brasileiros, Nilda Gondim disse que esse entendimento deve prosperar neste 19 de abril (“um Dia do Índio tragicamente marcado pelos ataques do garimpo, incentivado por uma política genocida oficial”), e em todos os demais dias do ano, refletindo-se nos corações da pluralidade dos brasileiros, para que o Brasil comece, enfim, a pagar o débito histórico com o indígena – “uma conta com cinco séculos de atraso”.