A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na tarde desta segunda-feira (17), sessão especial comemorativa ao centenário de Elizabeth Teixeira.
- Na mesma solenidade, também foi entregue a “Medalha Cidade de João Pessoa” à homenageada.
Os vereadores Marcos Henriques (PT) e Marcos Vinícius (PDT) foram os propositores da sessão.
- “A história de Elizabeth Teixeira nos inspira, uma mulher que completou 100 anos e que lutou muito, durante toda a vida, por algo precioso, que é a reforma agrária. Ela lutou, foi perseguida e exilada”.
“A história de Elizabeth Teixeira, a persistência e a resiliência que ela tem, nos deixa bastante sensibilizados. Esse reconhecimento, através dessa sessão e da entrega da Medalha Cidade de João Pessoa, é pequeno, diante do que ela representa, não só para reforma agrária, mas para todas as mulheres, através da garra dessa mulher que passou por tantos problemas, deu a volta por cima e fez a coisa certa”.
- “Mesmo com a morte do marido, João Pedro, continuou o legado de luta em defesa do campo”, disse Marcos Henriques, autor da sessão comemorativa ao centenário de Elizabeth Teixeira.
A neta da homenageada, Ana Rachel Tavares, falou em nome da homenageada sobre a importância da avó para as gerações passadas, presentes e futuras.
- Compareceram ao evento:
- Vereador Milanez Neto (MDB);
- Ex-vereadora Paula Frassinetti;
- Cordelista Robson Jampa,
- Tânia Maria de Sousa, representante da Comissão Pastoral da Terra,
- Eva Wilma Bezerra, representante do Movimento das Trabalhadoras Sem-Terra,
- Alane Maria, representante do Memorial das Ligas Camponesas, entre outros.
- Paraibana de Sapé e com 100 anos recentemente completados, Elizabeth Teixeira é umas das lideranças mais importantes da história do país.
Foi militante das Ligas Camponesas nos anos de 1950/1960 e até hoje é uma grande referência na luta pela terra.
- Companheira de João Pedro Teixeira, com quem se casou e teve 11 filhos, atuou junto com o marido na luta pela terra nas Ligas Camponesas.
Presa, várias vezes, após o assassinato do marido, em 1962, perseguida pela ditadura, teve que ir para a clandestinidade depois do Golpe Militar de 1964.
- Após a morte dele, Elizabeth assumiu o comando da Liga Camponesa de Sapé e depois da Liga Camponesa da Paraíba.