A cidade de Gurjão, situada no Cariri Oriental paraibano, foi sede de um festival da literatura e artes com a realização da primeira Festa Literária (FLIGUR), evento programado para envolver grupos e representações culturais locais e de diversas cidades paraibanas, universidades, dentro de um evento de três dias que aconteceu na semana de 25 a 27 de setembro (últimas quinta, sexta-feira e sábado do mês passado).

  • Silvinha França é 🧑‍🏫 Professora/Geógrafa/Pedagoga 🧑‍💻 Poetisa/Cordelista 🎬 Escritora/Roteirista/Diretora de Cinema/Atriz 🕵️ Pesquisadora e reside em 🏜️ Araçagi-PB, município vizinho à Guarabira, a Cidade-Luz, “Rainha do Brejo”.

O RELATO ABAIXO DELA É UM DEPOIMENTO TESTEMUNHAL, PERSONALÍSSIMO:

Nunca imaginei que pudesse receber tantas homenagens, com tanto carinho, tanta dedicação e admiração de toda a Cidade.

  • A palavra que me define é gratidão, por tudo e por tanto!

Foram momentos marcantes em minha vida, em minha trajetória .

  • Maria Rita Queiroz , José Flávio, educadores e educandos, FLiPB, vocês estão de parabéns por tanta dedicação em tudo que fazem e por fazerem com muito amor.

Eu me chamo Severina
Meu sobrenome é França
O Cordel na minha vida
Faz parte desde criança
Com ele aprendi a ler
E hoje eu tento escrever
Pois fiz com ele aliança.

O meu primeiro cordel
Foi da princesa encantada
Hoje transformado em filme
Me deixa realizada
Dois mil e onze é o ano
Afirmo sem ter engano
Que dele sou aliada.

Biografias narrei
Para homenagear
Clarice, Celso Furtado
Sivuca pra completar
Waldisia Russio também
E outros temas além
Pude no cordel contar.

A história de Dona Vinte
escrevi com muito amor
E sobre nosso São João
Contei com muito fervor
Uma Autista em minha vida
Minha história preferida
Mostra superar sem dor.

Também sobre a saudade
Muito fundo mergulhei
Narrando uma outra lenda
Novamente destaquei
A mulher da capa preta
Talvez de outra planeta
No cordel eu encaixei.

Como só via cordel
Sempre por homem escrito
Isso não me conformava
Pensei que fosse delito
Chamei outras corajosas
Formamos CORDEL DAS ROSAS
E hoje fazemos bonito

Nos reunimos no mês
Março de dois mil e vinte
De vários Estados somos
Produzindo com requinte
Já somos mais de cinquenta
Nossa corrente aumenta
Gratidão, leitor e ouvinte.

Por isso eu afirmo sempre!!!

Eu sou cacto do sertão
Espinhoso e resistente
Teimoso e resiliente

E se cai chuva no chão
Lindas flores se abrirão
Cumprindo com meu papel
Tal qual na escrita fiel
Com rima metrificada
Eu sou rosa perfumada
Nesse jardim de Cordel

Digo que sou nordestina
Paraibana arretada
Por Cordel apaixonada
Desde o tempo de menina
Que a leitura me fascina
Quando eu nem sabia ler
Ler cordel foi dever
Debaixo da castanhola
Foi minha primeira escola
E hoje eu tento fazer.

Eu sou filha da caatinga
Minha verve é persistência
Desde quando era menina
Fiz da cultura essência
E hoje eu levo a vida
Com fé, com resiliência.

Ao bom Deus eu agradeço
Por esta bela missão
Pelo Dom da poesia
Pela luz, sou gratidão
Por esta linda homenagem
Aqui na FLIGUR Gurjão.

Nesta festa literária
Que já veio pra ficar
Na Cidade de Gurjão
Vamos parabenizar
Flávio e Rita também
Precisamos destacar.

Aos queridos estudantes
Que tanto se dedicaram
Leandro com o seu teatro
Muito me emocionaram
Aos queridos professores
Que minha’s obras abraçaram.

Ressalto à FliPB
Para ninguém esquecer

1 Comment

  • Silvinha
    Posted 5 de outubro de 2025 08:11 0Likes

    Parabéns pela matéria e gratidão pela divulgação, admirável jornalista Giovanni Meireles.

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