Em assembleia geral da categoria, o magistério sapeense reafirma luta pelo reajuste de 14,95% e não aceita discutir anuênios.

“Marcha pela Educação” acontecerá nesta sexta-feira com atos públicos no Centro de Sapé.

  • Por Jorge Galdino – Jornalista

O magistério público de Sapé decidiu em assembleia geral extraordinária, convocada pelo sindicato e associação que representam a categoria, que será mantido o “estado de greve” na rede municipal de ensino, ratificaram a luta pelo reajuste de 14,95% nos vencimentos básicos do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações e reafirmaram a negativa de discutir qualquer alteração ou congelamento dos anuênios.

Os professores também mantiveram o sindicato, a associação e uma comissão de professores como únicos autorizados a negociar com o Executivo.

O “estado de greve” foi uma estratégia articulada e posta em prática nas assembleias anteriores como forma de pressionar a gestão pública municipal.

A estratégia consiste na manutenção das aulas até o horário da merenda, que acontece na metade do expediente em cada turno de aulas.

Assim, com uma espécie de greve parcial, os professores estão mantendo a comunidade escolar (pais, alunos, funcionários) informados sobre o andamento das negociações e cobrando melhorias nas unidades de ensino e na merenda escolar.

Com os novos encaminhamentos aprovados na assembleia geral, o “estado de greve” vai permanecer até esta sexta-feira, quando haverá paralisação das aulas para que todos os professores participem do ato “Marcha pela Educação” que consiste em caminhadas, falas em carros-de-som, entrega de panfletos e outras atividades que acontecerão nas principais ruas do Centro da cidade conhecida como “Capital do Aabacaxi”, “Terra Onde Nasceu O Poeta dos Século XX – Augusto os Anjos” e “Berço das Ligas Camponesas”.

Com as novas atividades do movimento grevista, os organizadores esperam que o prefeito Sidnei Paiva (Podemos), que está em Brasília-DF, receba a representação da categoria e que as negociações prosperem para um entendimento.

  • Caso não se chegue a um consenso, uma greve geral por tempo indeterminado está prevista para a próxima semana.

Como forma de flexibilizar as negociações, a categoria decidiu por sugerir um parcelamento dos reajustes referentes a janeiro, fevereiro e março, que na nova proposta, poderiam ser rateados entre os meses de maio, junho e julho, mas foram enfáticos na manutenção do percentual mínimo de 14,95% como reajuste das remunerações, uma vez que este percentual é o mínimo indicado pela nova metodologia do Fundeb.

O magistério não aceita o argumento do Executivo de que não haveria recursos para bancar o reajuste, pois os recursos do Fundeb já estão sendo repassados com reajustes superiores aos percentuais solicitados pela categoria, e 70% de todo o montante desses recursos têm que ser, obrigatoriamente, investidos nas remunerações dos profissionais em atividade no magistério.

Os professores também foram radicais em não aceitar qualquer manobra do Executivo em retirar qualquer direito adquirido, deixando claro que não aceitarão sequer discutir qualquer alteração nos anuênios, que correspondem a um acréscimo anual de 1% nos vencimentos.

  • A proposta inicial do prefeito seria o congelamento desse benefício.

“A proposta é reajuste de 14,95% nos vencimentos, parcelamento dos reajustes retroativos a serem pagos nos três próximos meses depois da implantação do reajuste e a exclusão de qualquer discussão que implique em perdas de direitos, com é o caso dos anuênios”, dizem as lideranças do movimento.

“Queremos o mínimo garantido por lei e nenhum direito a menos”, encaminharam os membros da mesa dirigente dos trabalhos na assembleia e a proposta foi aceita por unanimidade dos presentes.

  • Da Redação do Portal GPS:

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