No próximo dia 19, o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) lançará a pré-candidatura de Vera Inajá – operária, sapateira, negra e socialista – à presidência da República, como proposta ao Polo Socialista Revolucionário (www.polosocialista.com.br) – espaço político que vem sendo construído desde outubro do ano passado pelo PSTU e outras correntes políticas, incluindo setores do PSOL. Durante a campanha política, de acordo com Antônio Radical, ela deverá agendar uma visita à Paraíba.

“A minha pré-candidatura foi apresentada pelo PSTU, mas queremos que seja do conjunto do Polo Socialista Revolucionário, que reúne organizações que avaliam que é necessário apresentar uma alternativa socialista e revolucionária para o país. Um projeto socialista e da classe trabalhadora e não um projeto capitalista de conciliação com empresários e banqueiros”, destaca Vera.

“Essas medidas cabem ao PSTU e ao Polo Socialista Revolucionário apresentarem, já que o PT, PCdoB e a maioria da direção do PSOL irão apresentar o velho projeto de conciliação de classes nos limites do capitalismo e da ordem atual, que já vimos nos mais de 13 anos de governos do PT”, diz a pré-candidata.

“Esse filme é velho e o final dele é a desmobilização, frustração, desorganização e desmoralização da classe trabalhadora e fertilização do terreno para crescimento da extrema direita. Uma frente com grandes com setores da burguesia, será incapaz de aplicar um programa que mude de verdade o país e a vida do povo pobre e trabalhador”, afirma Vera.

Vera conclui apresentando seu posicionamento contrário à invasão russa à Ucrânia. “Emitimos nosso total apoio à resistência do povo da Ucrânia. É necessária uma ampla campanha de ajuda operária pela derrota das tropas russas e de Putin. Defendemos uma Ucrânia unificada e livre da opressão russa. Bem como, dizemos fora as garras dos Estados Unidos, da OTAN e da União Européia da Ucrânia”, finaliza.

Vera é nascida na cidade de Inajá, no Sertão de Pernambuco. Como tantos outros, se viu obrigada a migrar, ainda criança, para Sergipe. Vivendo na periferia da capital, começou a trabalhar aos 14 anos e, aos 19, quando se tornou operária da indústria calçadista, começou a atuar no movimento sindical.

Formou-se em Sociologia na Universidade Federal de Sergipe e compôs a primeira chapa à Presidência totalmente negra na história do país, em 2018. Em 2020, foi a primeira candidata negra à Prefeitura da Cidade de São Paulo.

Fotos: Romerito Pontes/Divulgação 

Leave a comment