A cena é constrangedora, tanto para turistas que se surpreendem com o forte mau cheiro (fedor, mesmo) pela primeira vez, quanto para os moradores residentes há anos na orla marítima de João Pessoa, já “acostumados” a fedentina da tragédia ambiental que acontece devido à água podre de chuva acumulada ao longo dos meses de invernada.

As ondas do mar tapam com areia a galeria, até ela estourar pela força da água represada na tubulação que corre por debaixo das ruas, meio-fio, calçadas, prédios, casas, praças e avenidas dos bairros nobres da Capital paraibana, em dias chuvosos.

Falta também educação ambiental por parte da população, que descarta todo tipo de lixo plástico, madeira, metálico, papel, cartão, garrafas de vidro, folhas, galjos de árvore, móveis usados, utensílios domésticos, latinhas de refrigerante, etc dentro das galerias pluviais.

Mero engano, para os turistas desavisados, que pensam se tratar da água oriunda de fossas sanitárias localizadas nas redondezas, porque não existe nenhum esgoto a céu aberto nas imediações, senão água da chuva que leva o lixo de rua para as bocas-de-lobo, de ladeira abaixo.

São águas que por meses ficam presas na saída da tubulação localizada próximo ao restaurante Bahamas, no começo da praia de Manaíra, pertinho do desativado Tropical Hotel Tambaú, represada pela areia que as ondas trazem quando a maré sobe na fase de preamar, liberadas posteriormente pela força das mesmas correntes marinhas.

Todos os anos acontece a mesmíssima coisa, apesar do esforço enorme (hercúleo, até) feito pelos encarregados da limpeza urbana e manutenção das galerias pluviais da cidade, numa operação conjunta que sempre envolve várias secretarias da Prefeitura Municipal e demais órgãos ligados ao problema, como Defesa Civil, Emlur, Sedurb, etc, unidos administrativamente em busca de soluções bem no estilo característico de “enxugar gelo”, por não ser possível tecnicamente encontrar solução imediata para a catástrofe ambiental.

VEJA AS IMAGENS DO DESASTRE ECOLÓGICO, NARRADO POR UMA TURISTA QUE DECIDIU SE MUDAR DO SEU ESTADO DE ORIGEM PARA FIXAR RESIDÊNCIA NA CAPITAL PARAIBANA:

  • PS – O que é Enésimo:
  • Termo geral de uma progressão aritmética (pa) ou de uma progressão geométrica (pg), base das fórmulas de cálculo dessas sequências numerais, amplamente utilizado em questões de Matemática.
  • Na linguagem informal, usa-se a expressão “pela enésima vez” para demonstrar algo que já foi feito inúmeras vezes, sem dar nada certo, no final das contas.
  • É uma atividade que se torna cansativa, pois o termo enésimo – neste uso – sugere um pesar, uma exaustão por nem sequer saber os números de quantas vezes já foi realizado o ato em questão, sem obter nenhum sucesso.
  • Uma luta, uma guerra, uma queda-de-braço. Uma coisa qualquer que não tem fim.

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