Acontece nesse período de 25 a 29 de julho de 2022, a 3ª Semana das Ligas Camponesas (Romaria da Terra) nos municípios de Sapé, Mari, Riachão do Poço e Sobrado.
Na abertura, segunda-feira (dia 25), tivemos a conferência da eminente professora universitária Lúcia Guerra, ex-Pró-reitora de Extensão da UFPB (de 2000 a 2012) que fez resgate da importância das Ligas Camponesas, destacando a relação desse movimento social com a educação popular.
Lúcia Guerra também fez parte da Comissão da Verdade criada pelo Governo do Estado e atualmente é a Diretora do “Memorial da Democracia”, que funciona na Fundação “Casa de José Américo” (FCJA, onde ela é a Gerente Executiva de Documentação e Arquivo).
O professor Paulo Palhano, que tem Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1995 e 2004), também participou ativamente da solenidade de abertura, fazendo discurso e integrando a mesa de honra diretora dos trabalhos.
Palhano tem Pós-doutorado na University Saint Demi – Paris 8 – França. Ele é Professor titular da Universidade Federal da Paraíba no Departamento de Educação do Centro de Ciências Aplicadas e Educação, ministrando aulas no Campus IV, de Mamanguaope/Rio Tinto.
Nesta terça-feira (dia 26), no Assentamento Tiradentes, no município de Mari, escolas se reunirão. Bem como, em Barra de Antas-Sapé, educadores estarão no Memorial “João Pedro Teixeira”, localizado às margens da rodovia PB-073, nas proximidades de Café-do-Vento, onde esse líder camponês foi assassinado com três tiros de fuzil pelas costas, no dia 2 de abril de 1962, a amando de latifundiários da região.
Atividades serão realizadas na forma presencial e on-line, onde a educação para a população do campo e da cidade é refletida vinculada com a história e o significado dos ensinamentos das Ligas Camponesas.
Líderes são rememorados, visto ter grande significado histórico, como Elizabeth Teixeira, Pedro Fazendeiro, “Nêgo Fuba” (João Alfredo Dias), “Biu Pacatuba” (Severino Alves Barbosa). Mas, também situação atual, como a “Construção de Barragem” nas áreas de Antas do Sono e rio Gurinhém.
Atores diversos integram o evento: Secretarias Municipais de Educação, UFPB, CPT (Comissão Pastoral da Terra), MST, Assentamentos Rurais, além do Grupo de Estudos em Educação, Etnia e Economia Solidária – GEPeeeS, Movimento Negro, Via Campesina, etc.
“São 60 anos da presença das Ligas Camponesas, que seguem fazendo uma nova história”, finaliza Palhano.
