A coronel Ana Paula Barros, comandante-geral da PMDF, afirmou, em entrevista, que é necessária uma atenção especial aos policiais e sua primeira meta é cuidar da saúde mental deles.

“Gostaria de me solidarizar com as famílias, amigos mais próximos e dizer que não entendemos ainda o que aconteceu”, descreve comandante-geral da PMDF.

Um soldado da polícia, morto após tiro na cabeça por sargento que se suicidou em seguida, iria se casar.

  • A tragédia envolvendo policiais militares neste domingo passado (dia 14) e como a saúde mental da tropa anda abalada foi debatida pela comandante-geral da Polícia Militar (PMDF), coronel Ana Paula Barros, no programa CB.Poder — parceria entre o jornal Correio Braziliense e TV Brasília — desta segunda-feira (dia 15).

Às jornalistas Ana Maria Campos e Mila Ferreira, a oficial destacou a importância das mulheres nas forças de segurança devido ao acolhimento e ao lado humanizado.

  • PMDF: tragédia alerta para saúde mental de agentes

De acordo com a coronel, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fará uma intervenção e uma mobilização para identificar policiais da unidade do Recanto das Emas que ficaram abalados pela tragédia, na qual o sargento Paulo Pereira de Souza atirou na cabeça do colega Yago Monteiro Fidelis e, em seguida, tirou a própria vida.

  • “Vamos identificar pontualmente e fazer um mapeamento para saber qual policial que precisa de um auxílio imediato”, disse.

“Isso (a tragédia de domingo) é um motivo para repensar os nossos atos e dias dentro da corporação. Na semana passada, quando assumi o cargo, informei que nosso primeiro plano e meta é cuidar do nosso policial. Às vezes, dá aquela frustração de pensar que não deu tempo de resolver essa situação”.

  • “Nossa corporação está atenta. Inclusive, já existia uma reunião marcada para tratar sobre a saúde mental do nosso efetivo, pois ele está na linha de frente e faz a entrega da sensação de segurança para sociedade”, completou a comandante-geral da PMDF.

Ana Paula ressaltou ainda como as mulheres na PM podem ajudar a ter uma atenção voltada para o combate aos feminicídios no DF.

“Acho que eu, sendo mulher, e sabendo o que elas podem passar, talvez seja inspiração para essas que são submetidas a covardes agressores. Mas sabemos que essa é uma situação sobre a qual, às vezes, não temos controle. Não é uma situação apenas policial, envolve várias searas”, finalizou.

Leave a comment