Elizabeth Altino Teixeira (nascida em Sapé, no dia 13 de fevereiro de 1925) é uma trabalhadora rural e ativista brasileira, cuja fama internacional se espalhou da Paraíba pelos quatro cantos do Mundo.

Nesta terça-feira de Carnaval, Elizabeth recebeu em sua casa, no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, a visita de professores da UFPB, de outras pessoas e ganhou até um bolinho de aniversário.

  • Completou 99 anos de idade, lúcida e com saúde, apesar da vida sofrida desde o início da sua juventude, na zona rural de Sapé.

Enfrentou a sua própria família, formada de pequenos proprietários conservadores, ao se casar com João Pedro Teixeira, trabalhador sem terra e negro, ex-operário de serviços braçais realizados em pedreiras-de-brita da região.

Ao lado dele, militou nas Ligas Camponesas, fundadas em 1958.

  • Em 1962, após o assassinato do companheiro, assumiu a liderança da organização campesina no município de Sapé.

Em diversas ocasiões foi presa pela Polícia Militar e também pelo Exército, sendo fichada pelo DOPS.

Com o golpe militar de 1964, teve que passar a viver na clandestinidade, adotando o nome de Marta Maria Costa e se refugiando em São Rafael (pequena cidade localizada no interior do Rio Grande do Norte), trabalhando como professora primária e lavadeira-de-roupas na beira de um rio da região.

  • Permaneceu clandestina até 1981, quando foi encontrada pelo cineasta Eduardo Coutinho, que retomara as filmagens de seu documentário “Cabra Marcado para Morrer”, interrompido pela Censura Federal em 1964.

A casa onde Elizabeth viveu com João Pedro, em Sapé, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e destinada a abrigar o “Memorial das Ligas Camponesas”, em 2011, numa iniciativa do Governo do Estado, que continua em atividade até os dias atuais.

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