Por iniciativa própria e puro empenho pessoal – embebido de plena dedicação super-profissional – do jornalista e escritor paraibano nascido em Sapé, Mário Hélio, criado em Recife-PE, a CEPE – Companhia Editora de Pernambuco fez uma edição especial comemorativa do aniversário de 140 anos de nascimento do “Poeta do Século XX”, com a publicação do “Dossiê Augusto dos Anjos” (composto por 40 páginas), encartado na revista “Pernambuco” (Ano I – Nº 4 – ABRIL/2024).

  • Mário Hélio é o atual Superintendente de periódicos e projetos especiais da CEPE, tendo sido convidado para ocupar o cargo pela Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra.

Disponibilizado originalmente em sua versão impressa, o “Dossiê Augusto dos Anjos” tem a colaboração de textos, crônicas, resenhas, críticas literárias e até histórias em quadrinhos (dedicadas ao público infantil da revista), todos da melhor lavra produzida por grande expressões do mundo cultural e artístico brasileiro, como por exemplo:

  1. Ivanildo Vila Nova (poeta repentista, autor da música gravada por Elba Ramalho, “Nordeste Independente”, no início dos anos 1980);
  2. Fabianna Freire Pepeu (jornalista, trabalhou como repórter no Jornal do Commercio e TV Globo, no Recife-PE, e na TV Cultura, em Brasília-DF, atualmente, morando em São Paulo);
  3. Xico Sá (jornalista e escritor, ganhador de importantes prêmios como Esso, Folha de S. Paulo, Editora Abril etc);
  4. Bráulio Tavares (jornalista, escritor, poeta autor de “Trupizupe, o Raio da Silibrina” e “Nordeste Independente”, em parceria com Ivanildo Vila Nova, pesquisador de literatura fantástica e ficção científica, além de estudioso da obra de Zé Limeira, “O Poeta do Absurdo”);
  5. Astier Basílio (jornalista, trabalhou como repórter, crítico de cinema, literatura e teatro nos impressos Jornal da Paraíba, A União e Correio da Paraíba, morando atualmente em Moscou, onde está fazendo mestrado em literatura russa);
  6. Alexei Bueno (crítico literário, tradutor e editor, inclusive sendo organizador do livro intitulado “Obra Completa de Augusto os Anjos”, de 1994, com 900 páginas, vendido ao preço de R$ 600,00 pela Editora Nova Aguillar);
  7. Moacyr Campelo (ilustrações do dossiê) e
  8. Greg (história em quadrinhos sobre a vida de Augusto dos Anjos, para crianças).

No dossiê, existem revelações impressionantes, que reviram completamente de cabeça pra baixo a noção comum que se tem do perfil comportamental e psicológico de Augusto dos Anjos, enquanto personagem humano e criador de suas poesias mórbidas, a princípio.

  • Revela-se que Augusto era muito alegre e nunca sempre triste, como se pensa, segundo depoimento prestado ao dossiê da revista pernambucana pelo professor Aderaldo Elias, Diretor do Memorial Augusto dos Anjos, que é mantido pela Prefeitura Municipal de Sapé, na entrada da extinta Usina Santa Helena (outrora Engenho Pau D’Arco).

  • “Ao contrário do que dizem por aí, Augusto não era apenas um poeta melancólico que passava o tempo inteiro debaixo do pé-de-tamarindo de 300 anos plantado na casa grande da usina, mas sim, ele era irreverente, namorador, adorava Carnaval e muito romântico, bastante diferente de quase tudo que escreveu e publicou, em seu único livro EU e também nos jornais da época”, complementa Aderaldo Elias.

Explode surpreendentemente, nas páginas da revista “Pernambuco” da CEPE, a informação registrada em um cartório do Rio de Janeiro, de que “O Poeta da Morte” – quem diria – era pai de outros dois filhos fora do casamento com Dona Esther Fialho (que gerou um natimorto e depois os descendentes biológicos de Augusto, Glória e Guilherme), cujas mães diferentes engravidaram dele, quando o mesmo residiu por uns tempos no Rio de Janeiro, antes de migrar para Leopoldina-MG, onde faleceu em 1914.

  • LEIA ALGUMAS DAS MATÉRIAS DO “DOSSIÊ AUGUSTO DOS ANJOS” CLICANDO NOS LINKS ABAIXO:

https://pernambucorevista.com.br/secoes/especial/augusto-dos-anjos-fragmentos-de-um-eu

https://pernambucorevista.com.br/secoes/especial/gullar-junta-augusto-e-joao-cabral-na-mesma-vida-e-morte-nordestina

https://pernambucorevista.com.br/secoes/especial/vladimir-maiakovski-o-profeta-de-um-tempo-que-rugia

 

Leave a comment