José Aires de Alencar (Zito Alencar, ex-prefeito assassinado da cidade de Exu-PE, no dia 12 de maio de 1978).
- Quando ele e sua família, formada pela esposa Dona Terezinha e seus filhos Guilherme, Elisa, Solange, Adriana, Cincinato (meu amigo “Dó”, colega de classe na turma do 2º ano primário do então Grupo Escolar Municipal “Gentil Lins”) e Sandra residiram em Sapé, ninguém sabia quem era aquele pessoal elegante e charmoso, tudo gente boa, sempre sorridentes e fazedores de muitos amigos, tanto dos pais quanto da filharada que brincava na Praça João Pessoa, localizada com suas imponentes e lindas palmeiras imperiais no centro da então “Capital do Abacaxi”.
Na “Terra Onde Nasceu o Poeta do Século XX, Augusto dos Anjos”, os meninos e meninas, moças e rapazes, eram todos filhos de “Seu Adail”, nome usado para escapar da perseguição desencadeada pela família Sampaio desde o dia 10 de abril de 1949.
- Essa história agora ganha novas cores, repleta de muitas revelações e depoimentos inéditos, através da narrativa da médica Adriana Aires de Alencar, descendente direta das duas famílias.
A autora perdeu o seu próprio pai nessa guerra de amor e ódio, no melhor (ou pior) estilo “Romeu & Julieta” do Sertão nordestino.
- No livro “Amor sem tréguas”, ela apresenta a versão de quem viveu, desde a infância, todo o drama, por dentro dele, no olho do furacão.
O livro foi publicado pela editora Provisual, de Recife-PE, em 2022, inclusive após algumas viagens de Adriana a Sapé, para revisitar os locais por onde ela andou quando criança, no início da década de 1970, fazendo fotos, etc.
O fio condutor de toda a história é o amor (proibido) entre seus pais – um Alencar (Zito) e uma Sampaio (Dona Teresinha) – justamente integrantes das famílias rivais, por ironia do destino ou trapaças da sorte.
- O texto transcorre ao longo das 238 páginas da obra, sendo ilustrado com a reprodução de documentos oficiais, recortes de jornais, depoimentos e fotografias do acervo particular da família.
Adriana Alencar conta, por exemplo, como testemunhou pessoalmente o atentado praticado contra o pai dela, quando tinha apenas 10 anos de idade.
- Ela estava na caçamba da camioneta modelo C-10 cor de laranja, atingida na lataria pelas rajadas de balas, na estrada que liga os municípios de Sapé e Mari (PB-073).
Era o mês de setembro de 1972 e a cidade considerada “O Berço das Ligas Camponesas” voltava a viver um clima pesado, atmosfera carregada de tensão, cheiro de perigo no ar, muito semelhante, quase igual ao que havia acontecido dez anos atrás, no auge das passeatas e comícios do movimento organizado pelo campesinato da região.
- “Seu Adail” (Zito Alencar) voltava de mais um dia normal de trabalho na fazenda Matrona, quando foi emboscado em plena rodovia por dois veículos, ambos de marca Opala – um verde e outro branco – e conseguiu sobreviver, dirigindo o próprio veículo ensanguentado até o Hospital “Dr. Sá Andrade”.
Detalhes desse e outros episódios estão estampados na páginas da mais nova edição da revista CONTINENTE nº 277 (trimestral de OUT/NOV/DEZ de 2024, no seu ano XXIV de circulação).
- A matéria é assinada pela repórter Carol Botelho e vai da página 52 até a página 63.
São 12 páginas em língua portuguesa e idioma inglês, numa edição bilíngue traduzida por David Hunt.
- A CEPE (Companhia Editora de Pernambuco) pertence ao Governo do Estado vizinho e tem outro sapeense, jornalista e escritor Mário Hélio, como seu atual Superintendente de periódicos e projetos especiais.
Para quem quiser adquirir um ou mais exemplares da revista, impressa em papel couchê colorido, no formato físico de 178 páginas no total (da capa à contracapa) pode acessar os links abaixo:
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