O Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque lançou, numa sexta-feira (dia 15 de julho de 2022), na cidade de Itapororoca, a sua primeira novela escrita:

  • ‘A Botija – Tristão e Angélica’, uma mistura de realidade e ficção ocorrida no município.

Este assunto foi de novo trazido à tona, recentemente, por causa de um vídeo postado no Instagram pela Comunicadora e Mestre de Cerimônias, Advogada e Estudante de Jornalismo Ana Clara Heim.

  • Há duas semanas, ela ressuscitou o tema fantasmagórico, que tramitou na Justiça entre 1995 e 2007, durando doze anos de peleja entre juízes, promotores, advogados, réu e vítima.

Só faltou aparecer a “alma penada”, pivô de todo o caso, gerado por um suposta revelação do tesouro enterrado.

  • A obra é a 35ª do autor, que é presidente da Comissão de Cultura e Memória do Tribunal de Justiça da Paraíba e membro da Academia Paraibana de Letras (APL).

O livro tem 154 páginas, divididas em 18 capítulos.

  • A apresentação é do historiador e presidente da Academia Paraibana de Letras, Ramalho Leite, e o prefácio da professora Socorro Aragão.

De acordo com Marcos Cavalcanti, a história sobre botija é sempre muito instigante e as pessoas gostam de ouvir, além de ter fatos interessantes.

  • “O que se pensa é que toda história de botija é alegoria e ficção. A botija de Itapororoca é verdade e, inclusive, virou questionamento no Poder Judiciário, onde foi discutida a posse por duas pessoas e, por isso, foi matéria de grande repercussão na Capital, em 1995”, disse o desembargador-autor, acrescentando que, para construir uma história diferente, contou a obra em forma de novela.

O escritor ressaltou, ainda, que já há um estudo para a complementação do livro com fatos novos, como o desvendamento da alma da mulher que doou a botija.

  • O Desembargador destacou a felicidade e a gratidão de poder fazer o resgate histórico de um fato que ocorreu na cidade de Itapororoca, com desfecho judicial somente em 2007, após 12 anos de tramitação nos tribunais.

“Esse era um fato do imaginário coletivo, inicialmente, e que acabou indo parar nos tribunais”, frisou.

  • A Botija -Tristão e Angélica

O caso real do livro é uma botija que o premiado ganhou e, por medo dos espíritos e também para a botija não se encantar, convidou um pai de santo para ajudar a arrancar e dividir com ele o ouro, mas o pai de santo enganou o agricultor dono da botija e ficou com o todo o ouro e lhe entregou um caixote cheio de pedra e carvão.

  • O suposto roubo do tesouro foi parar na delegacia de Itapororoca e depois no inquérito que virou processo e terminou nas mãos do promotor de Justiça e do juiz de Mamanguape.

Esse caso chegou a ser registrado numa delegacia de Itapororoca e virou uma Ação Penal, onde um pai de santo foi condenado pelo juiz, que provavelmente ficou com o ouro e não o entregou ao agricultor.

  • “Esse caso, inclusive, foi motivo de dois artigos publicados no jornal Correio da Paraíba, pelos jornalistas Hilton Gouveia e Tião Lucena”, relembra o autor.

A novela intitulada ‘A Botija -Tristão e Angélica’, é uma obra densa, que prende a atenção dos leitores.

  • Autor de vários livros históricos, romances e ensaios, essa é a primeira novela escrita por Cavalcanti.

“O segredo da botija, a feitiçaria, o seu encantamento e a condenação do pai de santo pelo juiz, todos os detalhes estão na obra”, adianta Cavalcanti.

  • A pesquisa historiográfica durou dois anos, quando o mundo estava em isolamento devido à pandemia da Covid-19 (2020-2021).

Leave a comment